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Hilda & Freud - Rio de Janeiro

Baseada nos escritos e na correspondência de Hilda Doolittle (1886-1961), os espectadores assistem à trajetória e aos conflitos dessa delicada escritora e sua relação de amor em versos livres, definição de sua relação com seu psicanalista. Com uma vida afetiva libertária e tumultuada, de uma sensibilidade extrema e melancólica, H.D. fez algumas tentativas de análise até chegar ao divã de Freud. Em março de 1933, desembarcou em Viena e instalou-se num hotel para sessões diárias no divã em que fez sua “grande viagem” com o Professor, o “médico irrepreensível”.

A peça mescla uma linguagem poética e erudita com projeções contemporâneas que ambientam o espectador na imaginação e no inconsciente dos personagens.

Hilda & Freud é também resultado de uma bem-sucedida parceria entre Quinet e Regina Miranda. Ambos uniram o pensamento coreográfico teatral com o pensamento da psicologia do teatro em movimento.


Autor, diretor e ator: Antonio Quinet.
Atriz: Bel Kutner.
Diretora convidada: Regina Miranda.

Hilda & Freud - Londres

The play is based on HD´s Tribute to Freud, the letters she exchanged with Freud and her literary circle, as well as some of her poetry. Hilda, a fourty seven years old poet met Freud, then in his late seventies, in the 1930´s Vienna. It was the beginning of a startling "love affair", with exchanges of gifts, letters and flowers, within and beyond the psychoanalytical setting. During the presentation, the public accompanied Hilda on her visit to Freud´s residence, soon after his death in London, guided by the Narrator on this tour around the house as through the chambers of her mind. In this visit Hilda revives moments of her life and analysis, which she defined as a “free verse relationship” with Freud. In a psychoanalytical, non-conventional, treatment, she works through her war traumas as well as her illuminate cosmic and oceanic epiphanies.

The Unconscious on Stage Company presented at the Freud Museum London from 12th to 16th November 2013 a performance about Hilda Doolittle’s analysis with Freud.

Curated by Danuza Machado; Freud Museum Art Director:  Dawn Kemp; Playwriter, Director and Narrator: Antonio Quinet ; Performed by Ana Vicentini and Antonio Quinet; Live music: José Eduardo Costa e Silva; Video designer: Diogo Fujimura; Staging and movement: Regina Miranda; Lights: Annabel Quinet e Alexandre Vessoni; Costumes: Beto de Abreu; Graphic design: Design Impresso; Photos: Cacá Bernardes; Art Director:  Niura Bellavinha; British voice coach: Alison McGowan.

O Ato: variações freudianas 2

Num programa de talk show, uma entrevistadora conversa com um psicanalista que fala sobre as diversas concepções do ato humano ilustradas por várias histórias que se cruzam como minisséries de televisão, reportagens, entrevistas, etc. Com a ajuda de uma nova e inédita tecnologia – um softwar“Freud is alive” vemos Freud “ao vivo” dialogar com a entrevistadora e o psicanalista. São assim abordados: os atos cotidianos, o ato de nascimento, a atuação histérica, o homicídio, o suicídio, etc. O programa de televisão mostrado na peça parodia os talk shows atuais e faz uma crítica divertida à sociedade de consumo dos aparelhos eletrônicos.

“O Ato” é o segundo espetáculo da trilogia teatral “Variações freudianas” criada na interseção do teatro e da psicanálise com o objetivo de transmitir cenicamente a descoberta freudiana: o funcionamento do Inconsciente e suas manifestações. Ao tomarmos emprestado da música o termo “variações”, pretendemos mostrar que o Inconsciente é como uma sinfonia que se repete a partir de um tema e suas variações. Nós, como seres humanos e, por definição, incompletos e em constante movimento, repetimos sempre o mesmo tema, a mesma questão, o mesmo conflito, ainda que em múltiplas variações que se apresentam ao longo da história de cada um. Há também confliitos comuns a todos e temas universais como o amor, o sexo, a angústia, a morte, que se colocam diferentemente para cada pessoa e cada um vai agir e ser agido em uma variação própria – eis o que Freud descobriu e os dramaturgos dramatizaram.

Autor e ator: Antonio Quinet

Atores: Aline Deluna e Samir Murad

Diretor: Walter Daguerre

O Sintoma: variações freudianas 1

Esse espetáculo expressionista, inspirado no cinema mudo (simultâneo ao nascimento da psicanálise), é realizado ao som de música contemporânea e erudita cantada por uma cantora lírica e tocada ao vivo com instrumentos antigos. Numa concepção contemporânea, o espetáculo mescla diferentes linguagens: teatro e conferência; concerto e performance; cena ao vivo e cinema, oscila entre o drama e a comédia, expressando a multiplicidade das manifestações sintomáticas do inconsciente.

Sua criação situa-se na interseção do teatro e da psicanálise com o objetivo de transmitir cenicamente a descoberta freudiana: o funcionamento do Inconsciente e suas manifestações. O espetáculo leva para o palco as peculiaridades dos sintomas neuróticos, materializados em imagens cênicas plurais, que abrem portas para leituras da libido em sofrimento e do desejo recalcado. As cenas escolhidas mostram os temores vivenciados e os sintomas que os personagens desenvolvem a partir de então revelando a estrutura dramática e às vezes cômica do funcionamento psíquico

Autor: Antonio Quinet

Atores: Aline Deluna , Antônio Quinet e Ylya São Paulo

Diretora: Regina Miranda

"Abram-se os histéricos"

A peça "Abram-se os histéricos!" estreou no Rio em abril deste ano para temporada de 6 semanas no Centro Cultural da Justiça Federal após ter sido escolhida através de edital de ocupação e que, devido ao grande sucesso de público, terá sua segunda temporada no Teatro Tom Jobim em julho de2012.


“ABRAM-SE OS HISTÉRICOS!” tem seu foco nas aulas públicas de Jean-Martin Charcot, no Hospital La Salpêtrière, no final do século XIX em Paris, quando a grande novidade médica, literária, e até mesmo mundana, era a histeria. Charcot usava pacientes em suas aulas para demonstrar a existência da histeria, fazendo da exposição das convulsões, paralisias, ataques e delírios de seus pacientes verdadeiros espetáculos teatrais/operísticos, abertos a um público de convidados leigos.


Nesse ambiente, chega o jovem estagiário Sigmund Freud e vislumbra que, por trás do sofrimento e do espetáculo dos corpos se encontra o inconsciente e que os ataques histéricos são a encenação de fantasias e traumas inconscientes. E assim descobre que existe uma “Outra Cena”, que determina os sintomas, ataques e comportamentos histéricos. A partir do encontro com a histeria no serviço de Charcot, Freud cria uma nova ciência, que irá revolucionar a concepção do humano: a psicanálise.

Charcot colocou no palco da ciência uma manifestação subjetiva coreografada no corpo, até então encoberta pelo preconceito. Homem das performing arts, "um visual", como bem o qualificou Freud, ele revelou a importância do olhar do público no sintoma histérico. Assim, pretendemos: Trazer para o ambiente teatral reflexões sobre psicanálise e psiquiatria, procurando estabelecer relações entre o que ocorre hoje nas neurociências e o pensamento da sociedade no final do século XIX.


Evidenciar para o público o funcionamento do inconsciente e os modos de formação dos sintomas histéricos e encenar a rebelião do sujeito, cujo desejo se recusa a deixar-se dominar. Elaborar um pensamento crítico em relação à psiquiatria atual, que desconsidera a histeria e o inconsciente e se encontra dominada pela neurociência e pela lógica da indústria farmacêutica.


Provocar a reflexão sobre a relação entre teatro e histeria evidenciando na encenação o caráter teatral da histeria e o caráter histérico do teatro, acentuando que a histeria não é só uma doença, mas também um meio de expressão artística.

Autores: Antonio Quinet e Regina Miranda

Atores: Aline Deluna, Berenice Xavier, Evandro Manchini, Jano Moskorz, Marina Magalhães, Marina Salomon, Lourival Prudêncio e Patrícia Niedermeier

Diretora: Regina Miranda

Óidipous, filho de Laios

“Édipo Rei” de Sófocles é considerada a obra mais importante da dramaturgia universal. Escrita há mais de 2500 anos e encenada até hoje em todos os países ela não perde a atualidade, pois revela os elementos que determinam o caráter humano: o amor, o ódio, o desejo de saber, a culpa e a punição. “Édipo Rei”, a tragédia que deu origem ao “complexo” do mesmo nome descrito por Freud, conta a história da busca empreendida pelo Rei Édipo em desvendar sua origem. Ao se tornar rei de Tebas após decifrar o enigma da Esfinge, ele deve descobrir quem assassinou Laios, o rei que ele sucedeu. Em um enredo que combina suspense e mistério, Édipo depara com surpreendentes revelações: sem saber foi ele quem matou Laios, que era seu pai, e casou com Jocasta, sua mãe.

 

O espetáculo “Óidipous, filho de Laios” traz uma interpretação inédita da tragédia. Óidipous (Édipo) foi o alvo de uma maldição que seu pai recebera, quando jovem: “Se tiveres um filho ele te matará e toda tua descendência desgraçada será”. O que Laios fez de tão terrível para receber essa maldição que Óidipous herdou e ignorou? Óidipous escondeu de si mesmo e de todos o crime que seu pai cometera e pagou caro por isso. Por não querer saber da maldição de seu pai, Óidipous foi da cegueira dos fatos à cegueira de fato. Em sua peça, Antonio Quinet desvela o crime de Laios que até Freud encobriu.

 

Autor e diretor: Antonio Quinet

Atores: Alexandre Braga, Aline Deluna, André Roman Infante, Carla Stank, Edson Barbosa, Guil Silveira, Lílian Chalub, Marcelo Mello, Priscila Paraíso, Simone Guimarães, Tarik Vasques e Vinicius Couto

ArTorquato

O espetáculo “Artorquato” sobre a vida e obra do escritor, poeta, jornalista e ator Torquato Neto (1944 – 1972), estréia dia 25 de agosto próximo no teatro do Centro Cultural Correios. A dramaturgia e a direção são do psicanalista Antonio Quinet, e no papel título está Gilberto Gawronski, ao lado de Cristina Aché, Rodolfo Bottino, Gisela de Castro, Gean Queiroz e Miguel Campello. O patrocínio é dos Correios.

 

Torquato Neto foi um dos fundadores do Tropicalismo. O movimento foi a resposta artística e cultural aos anos de chumbo, e também um fenômeno de identificação de um povo com a sua alma miscigenada - uma revisão dos princípios da Semana de Arte Moderna de 1922. O movimento tropicalista deu voz à manifestação musical definitiva que uniu a poesia de Torquato às melodias de Caetano Veloso, Edu Lobo e Gilberto Gil. A montagem pretende resgatar a memória do Tropicalismo pela ótica do poeta que participou da sua fundação para logo depois se afastar e, mesmo se colocando à margem, jamais perder a verve provocadora.  

 

Não se trata de uma  reconstrução histórica da vida e obra de Torquato Neto, mas sim de revelar numa linguagem dramática e musical a profunda conexão entre o Inconsciente de Torquato, expresso em suas poesias e escritos em geral, e a sociedade em que viveu dominada pela ditadura militar. 

 

A visão dramatúrgica é baseada nos conceitos da psicanálise que mostra as relações entre o que cada um tem de mais íntimo e o meio, feito de escolhas, parcerias e visão de mundo na convivência com os outros. Será colocada em cena a arte de Torquato que é original, dissonante e marginal à sociedade. Através dela levaremos o espectador a entrar no mundo fragmentado do Inconsciente a céu aberto de Torquato com sua relação louca e poética com a linguagem, os objetos, as pessoas e as instituições (a família, o Jornal, o Hospital Psiquiátrico, o governo militar). Essa leitura psicanalítica de Torquato fornece uma visão da cultura que inclui a subjetividade com seus temas principais: a existência, a arte, a morte e o laço social com o próximo.

 

Autor e diretor: Antonio Quinet

Atores: Alexandre Braga, Aline Deluna, André Roman Infante, Carla Stank, Edson Barbosa, Guil Silveira, Lílian Chalub, Marcelo Mello, Priscila Paraíso, Simone Guimarães, Tarik Vasques e Vinicius Couto

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